São Paulo, quinta-feira, 15 de agosto de 1996 |
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Classificação deve reduzir sexo na TV Órgão será criado em 60 dias PAULO SILVA PINTO
"Vamos dar um passo atrás em cenas de sexo", afirmou. A auto-regulamentação foi o tema de uma reunião entre Borgerth e o ministro Nelson Jobim (Justiça), ontem de manhã. Em 60 dias deve ficar pronto um convênio entre o Ministério da Justiça e um órgão que vai ser criado para fazer a classificação dos programas de televisão, levando em conta cenas de sexo e violência. O órgão deve informar ao público o conteúdo dos programas e a idade para a qual pode ser prejudicial. O novo órgão vai ser controlado pelas próprias emissoras de televisão e não deverá ter representantes de fora. Os poderes da entidade a ser criada não vão incluir a definição do horário que deve ir ao ar determinado programa, mas Borgerth acha que isso vai acabar acontecendo informalmente. Retração No início, deverá haver uma retração seguindo os padrões da emissora que menos veicula cenas de sexo "para que todo mundo saia igual", segundo Borgerth, que é diretor-secretário da Globo. Ele acha também que o órgão a ser criado deverá ser mais suscetível a pressões de grupos conservadores: "Hoje nós agradamos 99% da população. Vamos ter que agradar 100%". A Abert defende a realização de pesquisas de opinião pública que determinem o que realmente choca ou não os brasileiros em termos de cenas de sexo e violência. O ministro Nelson Jobim disse que a vantagem de criar um órgão externo ao Estado é que não haverá imposição de regras. Segundo ele, isso tornará mais fácil de o controle etário e informativo ser aceito. Texto Anterior: Pato Fu tenta vencer pela estranheza Próximo Texto: Miguel Rio Branco abre Bienal de Curitiba Índice |
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