São Paulo, quinta-feira, 15 de agosto de 1996 |
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Partido formaliza a candidatura de Dole
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Dole, 73, faz hoje o discurso mais importante de sua carreira política para aceitar a candidatura. Com ele, espera manter o melhor período até agora de sua campanha. Desde que anunciou, no sábado, o nome de Jack Kemp como seu companheiro de chapa, Dole tem crescido como nunca nas pesquisas de intenção de voto. Segundo a rede CNN de televisão, ele está nove pontos percentuais atrás do presidente Bill Clinton nas preferências dos eleitores norte-americanos. Pesquisa da rede ABC mostra desvantagem de dez pontos percentuais. Antes da indicação de Kemp e da convenção de San Diego, as duas redes mostravam Clinton 20 pontos percentuais à frente. Apesar do efeito eleitoral positivo, a reunião dos republicanos tem tido pouca audiência entre os espectadores de TV. Na média, o número de aparelhos ligados na convenção está sendo 33% menor do que o registrado em 1992. O motivo pode ser a absoluta previsibilidade dos acontecimentos. Há quatro anos, Pat Buchanan fez um discurso desafiador contra George Bush. Agora, há total harmonia entre os republicanos. A falta de dramaticidade é o grande trunfo da chapa Dole-Kemp, segundo os analistas políticos. Dole disse ontem que "o Partido Republicano unido será imbatível em novembro". As demonstrações de unidade continuaram ontem. O governador de Nova York, George Pataki, defensor do direito de aborto, que havia rejeitado convite para falar à convenção, mudou de idéia e ontem aceitou fazer a indicação de Jack Kemp como candidato à Vice-Presidência. A indicação de Dole foi feita pelo senador John McCain, até a semana passada considerado o seu mais provável companheiro de chapa, e por Wendy Lee Gramm, mulher do senador Phil Gramm, que foi adversário de Dole nas primárias. Clinton Em férias, no Estado de Wyoming, oeste do país, o presidente Bill Clinton tenta demonstrar indiferença em relação ao sucesso da convenção de seus adversários. A editora Time Books anunciou que vai lançar em setembro um livro do presidente, chamado "Between Hope and History: Meeting America's Challenge for the 21st Century" (Entre Esperança e História: Enfrentando os Desafios dos EUA para o Século 21). A tiragem inicial será de 400 mil cópias. Texto Anterior: Grávida de 8 não vai falar, diz médico Próximo Texto: Protestos têm hora marcada Índice |
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