São Paulo, sexta-feira, 16 de agosto de 1996
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Para a platéia; Intriga tucana; Sem truculência; Encrenca à vista; Promoção federal; Disputa pefelista; Menor esforço; Porta fechada; Guerra anunciada; De volta ao passado; Conclusão petista; Amigos da onça; Problema nacional; Jules Rimet; Exemplo de cima; Utilidade pública; Visita à Folha

Para a platéia
Um membro do ministério de FHC diz que pressionou Covas a editar um pacote de medidas antiviolência. A crítica: suposta inércia nessa área atrapalharia a candidatura Serra e a política nacional de direitos humanos.

Intriga tucana
Covas diz que nunca foi pressionado a editar pacote antiviolência. "Não aceito pressão. A política de segurança é correta. São Paulo tem índices de criminalidade aceitáveis se comparados aos padrões internacionais."

Sem truculência
Entidades da sociedade civil apóiam a política do secretário da Segurança Pública de Covas, José Afonso da Silva. Pela primeira vez, criou-se um ombudsman da polícia e tenta-se reciclar policiais civis e militares.

Encrenca à vista
O Planalto cogita desembarcar da candidatura de ACM à presidência do Senado. Teme concentração de poder em um aliado que joga duro com o governo.

Promoção federal
FHC telefonou diretamente para José Luiz Portella, convocando-o a ser secretário-executivo da pasta dos Transportes. Além de ser da confiança do presidente, Portella fez funcionar um órgão antes ineficaz, a FAE.

Disputa pefelista
Raimundo Brito (Minas e Energia) e Gustavo Krause (Meio Ambiente) decidem hoje o futuro do Dnaee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), que mudará de função com o novo Código de Águas.

Menor esforço
A um ministro, FHC deu dois motivos para não mexer agora na pasta dos Transportes: além de o período eleitoral não ser oportuno, terá um nome a menos para cortar na reforma.

Porta fechada
A reedição da MP das escolas proibirá sanções pedagógicas e administrativas a alunos com mensalidade em atraso, prometeu Bolivar Rocha (Acompanhamento Econômico) a Ricardo Gomyde (PC do B-PR).

Guerra anunciada
De Covas, sobre Maluf ter falado que a área de segurança em São Paulo tem muito bunda-mole: "Quero que fique claro que ele atirou a primeira pedra. Que o autor do 'estupra, mas não mata' não reclame".

De volta ao passado
Na campanha presidencial de 89, durante palestra a estudantes em Belo Horizonte, Maluf disse: "Tá bom, tá com vontade sexual, estupra, mas não mata".

Conclusão petista
Para a direção nacional do PT, Celso Loducca viu que fracassaria como publicitário da campanha de Erundina. E decidiu abandonar o barco antes que pudesse ser responsabilizado.

Amigos da onça
Piada de tucanos paulistas: "Ainda bem que o Enéas não está disputando a Prefeitura de São Paulo. Do contrário, o Serra correria o risco de repetir o desempenho do Quércia em 94".

Problema nacional
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, leva na terça a Paiva (Trabalho) e Dornelles (Indústria e Comércio) projeção de cinco anos do setor automotivo sobre aumento do desemprego.

Jules Rimet
Maldade espalhada por desafetos de Serjão (Comunicações). Além de trator, o ministro segue rumo ao tricampeonato. Coordenou as campanhas a prefeito de FHC em 85 e de Serra em 88.

Exemplo de cima
Na segunda, sete presidiários de bom comportamento começam a trabalhar no Ministério da Justiça. Marketing do programa de reabilitação de presos.

Utilidade pública
O Ministério das Comunicações analisa proposta de Maurício Najar (PFL-SP) de colocar fotos de crianças desaparecidas em todos os cartões telefônicos.

Visita à Folha
O empresário José Mindlin visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço.

TIROTEIO
De José Afonso da Silva, secretário da Segurança Pública de São Paulo, sobre Maluf dizer que "a área de segurança tem muito bunda-mole":
- Sou um democrata. Não uso os métodos autoritários típicos do Maluf. Não mando a polícia matar, como Maluf mandava. Não mando a população se armar, como Maluf mandava.

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