São Paulo, sexta-feira, 16 de agosto de 1996 |
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Corintianos querem que clube pague pelo seguro
MARCELO DAMATO
"Na Europa, isso faz parte do contrato", diz Bernardo. Ambos prevêem que o novo seguro para jogadores de futebol deve provocar um crescimento da atividade sindical. "O sindicato é fraco, mas a culpa é dos jogadores. Agora pode começar a haver mais união", afirma Bernardo, 31, que, suspenso, não atuaria ontem contra o Criciúma. "Com essa ação percebi que tem gente lá que se preocupa de fato com os jogadores", completa Marcelinho Souza, 23, um dos titulares nesse jogo. A Folha entrevistou os dois jogadores separadamente, por telefone. Fez a ambos as mesmas perguntas. Leia a seguir trechos das entrevistas. (MD) * Folha - O que você acha desse seguro? Bernardo - É bom para nós. É uma forma de proteção. Marcelinho Souza - É um serviço coerente com nossa profissão. Folha - Você já tinha ouvido falar de seguro de futebol? Bernardo - Sim. Na Europa, no México e no Japão, todo mundo tem. Eu tenho um seguro pessoal há muito tempo. Marcelinho Souza - Não, nunca tinha ouvido falar nisso. Mas acho que já deveria existir há muito mais tempo. Folha - Você acha que o clube deve pagá-lo? Bernardo - Na Alemanha e no Japão, onde joguei, é o clube que paga. Faz parte do contrato de todos os jogadores. Marcelinho Souza - Sim. Mas não dá para exigir isso agora. Folha - A participação do sindicato nessa ação pode trazer mais jogadores em torno dele? Bernardo - Em toda a Europa, os sindicatos são muito fortes. Houve até greve na Itália. Aqui o sindicato é fraco, mas por culpa dos jogadores. Marcelinho Souza - Sim. Com essa ação percebi que tem gente lá que se preocupa de fato com os jogadores. Folha - Você pretende se sindicalizar? Marcelinho Souza - Nunca tive nenhum envolvimento com o sindicato. Acho que a sindicalização deve ser uma decisão coletiva. Texto Anterior: Seguro compensa atleta da violência Próximo Texto: Luxemburgo diz que não faz 'mágicas' Índice |
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