São Paulo, sábado, 17 de agosto de 1996![]() |
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Gramado entrega os kikitos de 96
AMIR LABAKI
As dificuldades para a finalização de uma série de filmes, casadas à ineficiência para catalisar soluções que reforçassem a lista de concorrentes, fizeram com que a disputa nacional fosse reaberta com apenas três títulos inéditos. Ainda assim, Gramado-96 lançou ontem um dos mais fortes títulos da produção recente, "Como Nascem Os Anjos", de Murilo Salles, favorito aos prêmios principais (filme, direção e roteiro). O difícil e interessante "Quem Matou Pixote?", de José Joffily, foi bastante aplaudido na noite de anteontem e deve também ser bem recompensado, começando talvez com o Prêmio Especial do Júri. A jovem Luciana Rigueira, que rouba a cena como mulher de Pixote, é forte candidata ao prêmio de melhor atriz. A concorrência é dura, pois Adriana Esteves e Drica Moraes emprestam muito do encanto do subestimado "As Meninas", de Emiliano Ribeiro. Apesar dos pesares, Chico Diaz poderia emplacar o prêmio de melhor ator por "Corisco e Dadá", em um festival com poucos solos masculinos marcantes. Entre os coadjuvantes, Joana Fomm ("Como Nascem Os Anjos") e Otávio Augusto ("As Meninas") são os que correm à memória. Para os prêmios técnicos, parecem favoritos apenas o diretor de fotografia Lito Mendes da Rocha de "Dezesseis Zero Sessenta" e a montadora Vera Freire de "Quem Matou Pixote?". Competição latina A comédia social cubana "Guantanamera", de Tomás Gutiérrez Alea e Juan Carlos Tabío, deve ser a grande vencedora da competição latina. O italiano "Afinidades Eletivas", dos Taviani, o espanhol "Morte Ao Vivo", de Alejandro Amenabár, e o venezuelano "Sicário", de José Novoa, devem receber os mais importantes prêmios secundários. O kikito de melhor atriz tem tudo para ficar entre as espanholas Angela Molina ("Édipo Alcaide") e Ana Torrent ("Morte Ao Vivo") e a francesa Isabelle Huppert ("Afinidades"). O argentino Miguel Angel Solá ("Casas di Fuoco") merece o de melhor ator. A fotografia de Affonso Beato para "Cinco Dias, Cinco Noites" não pode ser esquecida. O crítico Amir Labaki viaja a Gramado a convite da organização do festival. Texto Anterior: 'Aguirre' viaja na insânia Próximo Texto: Joffily teatraliza a terceira morte de Pixote Índice |
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