São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996 |
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Vítimas de crimes criam o Reage SP
DA REPORTAGEM LOCAL A violência foi a marca da semana passada no Estado de São Paulo. Na capital, parentes e amigos de vítimas decidiram lançar a campanha Reage São Paulo contra a criminalidade.Os organizadores escolheram a missa de 7º dia da universitária Adriana Ciola, 23, realizada ontem, para lançar o movimento. Adriana foi morta na madrugada do dia 10 em assalto a um bar em Moema (zona sul). O Reage São Paulo tem por objetivo pedir paz para a cidade. Os organizadores sugerem que as pessoas se vistam de branco e utilizem fitas brancas nos carros. Dez mortos Desde o início do mês, pelos menos dez pessoas foram mortas ou torturadas por assaltantes, mesmo não tendo reagido. Junto com Adriana, foi assassinado Renato Pousada Talan, 25, recém-formado em odontologia. No dia seguinte, três assaltantes mataram o estudante Rodrigo Fabiano Iandoli, 21. Duas pessoas morreram e sete ficaram feridas no dia 11 em três tiroteios dentro ou em frente de escolas públicas em São Paulo. Um dos mortos era o estudante Clécio Bezerra da Silva, 17. Seis feridos têm menos de 21 anos. No dia 14, o estudante Édson Bastos da Silva, 15, foi baleado no rosto dentro da Escola Estadual Presidente Roosevelt, na Liberdade (zona central). Um dia depois, o estudante de medicina Rogério Bozelli Dutra, 24, foi morto com dois tiros na cabeça durante discussão em Jundiaí (60 km a noroeste de SP). O Reage São Paulo já ganhou o apoio de publicitários, donos de bares, comerciantes e de entidades como Fiesp, Ubes (União Brasileira de Estudantes Secundaristas), Associação Brasileira das Indústrias de Hotéis e Reage Ribeirão. A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) estendeu uma faixa branca em sua sede, na av. Paulista, para simbolizar a adesão ao movimento. Texto Anterior: A reinvenção do Estado Próximo Texto: DESEMPREGO; BIENAL; JÚPITER Índice |
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