São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996
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Sindicato diz que atividade fica inviável

DO ENVIADO ESPECIAL A BOA VISTA

O presidente do Sindicato dos Garimpeiros de Roraima, Crisnel Francisco Ramalho, diz que está cada vez mais difícil manter um garimpo na reserva ianomâmi.
"Para botar 5.000 garimpeiros, seria preciso fazer mil vôos. Para manter uma equipe de trabalho (cinco homens), durante 30 dias, é necessário um vôo de 500 quilos de alimentos e três para manter a máquina", diz o sindicalista.
Segundo Ramalho, o garimpo está ficando economicamente inviável porque os pilotos estão cobrando cem gramas de ouro (R$ 1.200) para fazer um vôo. Cada garimpeiro paga 20 gramas. Na volta, o piloto cobra 15 gramas. Isso tornaria a atividade deficitária.
Para chegar aos garimpos a pé, um homem leva-se de 25 a 30 dias, diz Ramalho. "E ainda tem que carregar o rancho nas costas".
Ele atribui as informações que calculam em milhares o total de garimpeiros que podem entrar na reserva aos interesses dos que querem "mamar R$ 6 milhões dos cofres públicos".

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