São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Agência dos EUA vê risco, mas diz que o governo age
MILTON GAMEZ
"Se olharmos para todos os países latino-americanos e excluirmos o Chile, veremos um alto grau de risco bancário. Isso é comum nos principais países emergentes. Mas o Brasil tem o maior risco da região", diz John Chambers, diretor da S&P para a América Latina. Entre as razões, ele aponta: regulamentação às vezes distorcida ou negligente; compulsórios altos; ausência de uma boa cultura e de um sistema de avaliação de créditos pelos bancos; permissão para que bancos invistam em indústrias; excesso de controle familiar; deficiências do sistema público; e supervisão incompleta de operações bancárias no exterior. Mas faz uma ressalva: "Ter o pior risco da região não é o fim do mundo. Todos os problemas apontados têm soluções relativamente fáceis e o Brasil já tomou algumas iniciativas." Maurício Schulman, presidente da Febraban, discorda de Chambers e lembra que os bancos brasileiros são mais capitalizados, em média, do que exige o Acordo da Basiléia. Para ele, já passou o pior da crise de inadimplência. Erivelto Rodrigues, da Austin Asis, também discorda de Chambers. "O Brasil tem risco, mas não é elevado. Temos seguro de depósito e o governo protegeu os investidores nas grandes intervenções recentes, além de honrar os eurobônus brasileiros." (MG) Texto Anterior: Boletim dos banqueiros Próximo Texto: Boletim dos banqueiros Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |