São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996 |
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Mulheres rejeitam mais os garis
LUCIANA BENATTI
Os garis trabalham em duplas. Um fica com a vassoura e o outro, com a pá e o carrinho. Varrem, em média, seis quilômetros de ruas e calçadas por dia. Pedro Barbosa, 55, ex-metalúrgico, está na função há seis anos. "Quando as pessoas passam dos 40, ninguém quer dar emprego." A vantagem, segundo ele, é poder trabalhar livre. Se pudesse escolher, voltaria à metalúrgica. "Gosto de cortar chapas." Ser gari também não foi escolha para Josenildo Barbosa da Silva, 29, ex-prensista em uma indústria de papel e há oito meses na nova atividade. "No início, sentia vergonha." Se pudesse, estaria trabalhando como eletricista. Luiz de Freitas, 36, já foi tecelão, operador de máquinas, prensista e pedreiro. Há sete meses como gari, diz que mudaria para qualquer uma dessas profissões. "Tem gente que passa pela gente e tampa o nariz." (LB) Texto Anterior: Desconhecem o britador 7% Próximo Texto: Doméstica conquista direitos Índice |
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