São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996
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Calor não anima setor de cadeiras

FREE-LANCE PARA A FOLHA

As vendas de guarda-sóis e cadeiras de praia nacionais estão caindo, segundo empresários do setor.
Maria de Fátima Rodrigues, 43, dona da Reis Decorações, afirma que a queda vem ocorrendo há cinco anos, com a abertura das importações e os planos econômicos.
"No período, o setor registrou queda de 50% nas vendas."
Apesar de picos durante o ano, sua empresa que contava com cem funcionários, reduziu o quadro para 30.
"A linha de produtos, que contém cerca de 200 itens entre cadeiras e guarda-sóis, está caindo pela metade", afirma ela.
As cadeiras de praia de madeira, carro-chefe da empresa, vão ter sua produção reduzida para dar espaço as de fibra.
Como saída para se manter no mercado, Maria começou a fabricar playgrounds para condomínios, chácaras e bufês.
"Tenho de fazer uma programação de dinheiro e estoque para sobreviver durante o restante do ano", diz ela.
Desânimo
Orisvaldo Mantovani, 30, proprietário da Rio Verde, diz que começa a vender cadeiras de praia em novembro, cerca de 30 a 35 dias antes do alto verão.
Neste inverno ele recebeu apenas uma encomenda. Foram cem cadeiras para a região Norte do país.
Além das cadeiras, Mantovani fabrica acessórios para pesca.
No ano passado, vendeu 507 cadeiras, o que representou praticamente toda a venda do ano.
"Depois do verão só se faz reposição, cerca de 1% da venda total."

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