São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996
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Suspensão ruim compromete segurança

DA REPORTAGEM LOCAL

Manter os principais componentes da suspensão em ordem -amortecedores e molas- aumenta a segurança e a dirigibilidade do veículo.
Os amortecedores têm como principal função reduzir o balanço a cada passagem por saliências do piso, mantendo as rodas mais tempo em contato com o chão.
O primeiros impactos, porém, são absorvidos pelas molas, que se comprimem e respondem com uma força contrária de mesma intensidade -os amortecedores agem em seguida, suavizando os movimentos das molas.
Os principais inimigos das peças são o excesso de carga (para as molas) e os buracos (amortecedores).
Estabilidade
Em mau estado de conservação, molas e amortecedores comprometem a estabilidade, principalmente em curvas e terrenos acidentados.
Direção dura, ruídos metálicos, inclinações na carroceria e pneus "cantando" em curvas pouco acentuadas significam problemas.
Há no mercado dois tipos de amortecedores -convencionais e pressurizados. O funcionamento é basicamente o mesmo.
Os convencionais, que equipam boa parte dos carros nacionais, possuem em seu interior óleo. Os pressurizados, mais utilizados em esportivos e modelos de luxo, contém também gás sob pressão (são mais eficientes e impedem a formação de bolhas de ar no fluido).
Em caso de troca -que deve ser feita, em média, a cada 35.000 km-, deve-se substituir sempre os pares de amortecedores (traseiros ou dianteiros).
As molas devem ser trocadas, em média, a cada 60.000 km. O ideal é fazer uma checagem a cada 20.000 km. "Na verdade, o tempo de troca vai depender de como o motorista dirige o veículo e das condições do piso", diz Josué Mancinelli, da Ponte Pneus.

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