São Paulo, segunda-feira, 19 de agosto de 1996 |
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Estrela vai lançar 120 produtos
ANTONIO CARLOS SEIDL
A mais tradicional indústria de brinquedos do país decidiu adotar uma nova estratégia empresarial em resposta ao aumento do Imposto de Importação de brinquedos de 20% para 70%. A estratégia, resultado de um longo processo de reestruturação, é baseada em preços mais competitivos e flexibilidade operacional. Carlos A. Tilkian, presidente da Estrela, que adquiriu o controle da empresa de Mario Adler em abril, diz que a reestruturação permitiu uma redução de custos de 65%. A empresa implantou o sistema de células de produção na fábrica de Guarulhos em São Paulo para diminuir a necessidade de capital de giro e cortou custos. Depois dos ajustes e de 1.400 demissões, o quadro de funcionários caiu para um total de 480 pessoas. Mas, no último mês, com a mudança da política de importação, o número de funcionários saltou para 750, podendo chegar a 900 até o final do ano. Tilkian espera um faturamento de R$ 120 milhões este ano, o que representa aumento de 5% em relação ao ano passado, o suficiente, diz, para a empresa apresentar um resultado positivo em 1996. Lançamentos Duas bonecas lideram os lançamentos da Estrela para o Dia das Crianças: a Tererê e a Amiguinha, de 93 cm. Outras novidades são a Sapequinha, a primeira boneca que usa a técnica de fibra ótica (quando a menina passa perto dela, a boneca chora como se estivesse pedindo colo), e a Cambalhota, ambas produzidas no Brasil. Tilkian diz que o aumento do Imposto de Importação deve levar a Estrela a produzir a boneca Barbie no país. Hoje, a boneca é importada por meio de um acordo da empresa com a Martel, dos EUA. Novos segmentos O lançamento de vídeos e lanternas com motivos infantis é mais uma novidade da Estrela neste segundo semestre. "Decidimos entrar em outros segmentos ligados à criança, explorando nossa marca e usando os mesmos canais de distribuição", diz Tilkian. Assim, a Estrela fez acordos operacionais para lançar até o final do mês a Estrela Vídeo. O primeiro produto nesse segmento é uma fita de vídeo da Mônica, do cartunista Maurício de Souza. O segundo acordo foi feito com a Philips para a venda de lanternas com temas da Walt Disney. Texto Anterior: Mudança na lei amplia moradia Próximo Texto: Concorrência contra-ataca Índice |
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