São Paulo, segunda-feira, 19 de agosto de 1996 |
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Corinthians perde e revolta a torcida MARCELO DAMATO e JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO MARCELO DAMATO; JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
A torcida xingou o presidente Alberto Dualib e o vice de futebol José Mansur Farhat ontem à noite, durante e após a derrota do Corinthians para a Portuguesa por 2 a 0. Diante da revolta dos torcedores, a diretoria pediu proteção policial ao time na saída do estádio Hermínio Ometto, em Araras, 170 km a noroeste de São Paulo. A diretoria fará hoje uma reunião para decidir se mantém a atual comissão técnica. As torcidas organizadas do Corinthians prometem ir ao Parque São Jorge para impedir a entrada dos dirigentes. Apenas 949 torcedores foram ao jogo. A torcida da Portuguesa tinha cerca de 20 pessoas. O Corinthians completa três jogos no Brasileiro sem marcar gols. Foi a segunda derrota do time. Sem Marcelinho (machucado) e Tiba, que pertence à Portuguesa, o Corinthians foi dominado pelo adversário no primeiro tempo. A maior chance corintiana aconteceu aos 35min, criada por passe errado de Valmir, da Portuguesa. No final do primeiro tempo, a torcida gritou "diretoria de imbecil" e "diretoria de ladrão". "É uma reação normal. Se eu fosse torcedor, também estaria reclamando, xingando o time", disse o técnico Valdyr Espinosa. "A torcida precisa ter paciência. O time está desentrosado, e é começo de campeonato", afirmou o zagueiro Alexandre Lopes. A jogada-símbolo do jogo aconteceu aos 26min, no segundo gol da Portuguesa. Caio cruzou, e o zagueiro corintiano Alexandre Lopes marcou contra. Em seguida, entrou o júnior Caju, que fora chamado por um diretor só para completar o banco. "Precisei colocá-lo, apesar de não conhecê-lo, para tentar dar mais movimentação ao time. A situação é difícil. Precisamos repensar tudo", disse Espinosa. O técnico pediu a contratação de Viola, do Valencia (Espanha). LEIA MAIS sobre o jogo e sobre a rodada do Brasileiro às págs. 2 a 5 Próximo Texto: Na frente, tricolor vai bem; lá atrás, meu Deus! Índice |
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