São Paulo, segunda-feira, 19 de agosto de 1996
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Público encontra Paulo Coelho e Angélica

DA REPORTAGEM LOCAL

A 14ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo recebeu no último sábado, seu primeiro dia de abertura efetiva ao público, 142.827 pessoas, representando US$ 3,2 milhões em vendas.
Na Bienal passada, o público do primeiro sábado foi de 119.748 pessoas. A Câmara Brasileira do Livro (CBL) esperava para ontem um público de 160 mil pessoas. E um faturamento de US$ 3 milhões.
A estimativa de faturamento nos dias em que o evento foi aberto apenas para os profissionais do mercado é de US$ 66 milhões.
No sábado as grandes atrações foram os escritores presentes para sessões de autógrafos. Uma tarde que reuniu, entre vários autores, a apresentadora Angélica, o humorista Chico Anysio, Lair Ribeiro e o escritor Paulo Coelho, um dos nomes mais concorridos da feira.
Coelho autografou seu mais recente trabalho, "O Monte Cinco", entre 14h45 e 22h, no estande da editora Objetiva.
O público na longa fila de espera era formado por adultos e adolescentes. Carregando o livro nas mãos, alguns fãs choravam ao se aproximar do escritor.
A Objetiva contratou quatro seguranças para organizar a fila, e a CBL chamou mais 20 funcionários para conter um início de tumulto entre as pessoas que aguardavam.
Paulo Coelho, segundo sua editora, autografou perto de mil exemplares. No domingo ele repetiu a sessão de autógrafos, que ocorreu nos auditórios 2 e 3, na passagem entre os pavilhões azul, verde e vermelho, e não mais no estande da Objetiva.
A editora tentava assim evitar qualquer tipo de confusão e uma curiosa estratégia de marketing dos concorrentes. Como a livraria e editora Ateniense, que colocou uma faixa em seu estande com os dizeres: "Compre o livro de Paulo Coelho na Ateniense e autografe na Objetiva. Pegue só uma fila".
Angélica
Outro ponto de tumulto foi o estande da FTD, onde a apresentadora Angélica autografou três lançamentos infantis: "Agenda da Angélica", "De Perto Todo o Mundo é Legal" e "Meninos contra Meninas".
Ao contrário de Paulo Coelho, Angélica iniciou a sessão de autógrafos com uma hora de atraso, às 16h. Centenas de pessoas aguardavam os autógrafos.
Segundo Alexandre Martins, gerente de imprensa da editora Record, o resultado do primeiro final de semana foi "extremamente positivo".
A editora teve um faturamento 20% maior do que nos primeiros dias da Bienal passada. O título mais vendido da editora foi "Livro Sobre Nada", do poeta Manoel de Barros.
Também acima do esperado foi o resultado de venda das coleções populares das editoras Paz e Terra (coleção Leitura) e Ediouro (Clássicos de Ouro).
Até às 15h de domingo, foram vendidos 6.000 livros da coleção Leitura (R$ 3). A Tiragem inicial da coleção é de 10 mil exemplares por título.
As vendas totais da Ediouro foram de 8.000 exemplares. Segundo a editora, o título mais procurado é "Soneto da Fidelidade e Outros Poemas", de Vinicius de Moraes (R$ 1,80).
A Sociedade Bíblica do Brasil havia vendido até sábado 300 bíblias. A livraria Devir, especializada em histórias em quadrinhos, teve 4.000 gibis comprados, com preços variando entre R$ 1 e R$ 80.
Não foi registrado nenhum acidente ou caso grave no ambulatório montado no Expo Center Norte. No sábado foram atendidas 140 pessoas. Até às 14h de domingo, o número foi de 33 pessoas.

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