São Paulo, quinta-feira, 22 de agosto de 1996
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Irmão escapou por segundos

DA REPORTAGEM LOCAL

O irmão de Gilciara, Leandro Santos Gomes, 8, escapou do tiroteio por alguns segundos.
"Eu estava saindo do banheiro quando ouvi minha irmã berrando. Esperei uns minutos, e, quando acabaram os tiros, ela já estava no chão", afirmou.
Segundo Leandro, que faz capoeira há três meses, os dois homens que trocaram tiros fugiram em um carro branco. Outras testemunhas afirmam que eles fugiram a pé, em direções opostas.
Estudante da 2ª série do 1º grau, Leandro afirma que não terá coragem para continuar as aulas de capoeira.
A mãe de Gilciara, a comerciante Laede Santos Gomes, 36, que sofre de hipertensão, passou mal ao saber da morte da filha e teve de receber atendimento de emergência em um pronto-socorro da região.
"Ela era a melhor aluna da escola. Não consigo entender o motivo disso", disse na tarde de ontem, em sua casa, ainda muito abatida.
Segundo ela, o enterro será hoje, às 10h, no Cemitério da Saudade.
Acusação
Um dos parentes de Gilciara, que não quis se identificar, afirma conhecer um dos homens envolvidos no tiroteio.
Ele afirmou que o homem é "um tal de Carlinhos", que, segundo ele, seria um "maloqueiro".
O parente afirma poder identificar o criminoso, mas prefere se manter em silêncio para preservar sua própria vida. Ele disse que, se o denunciar, morre no dia seguinte.

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