São Paulo, quinta-feira, 22 de agosto de 1996
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Pádua mudou de versão várias vezes

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

A versão de que não viu quando Paula Thomaz teria matado Daniella Perez não é a primeira apresentada por Guilherme de Pádua aos longos dos últimos três anos e oito meses.
Durante dois anos, Pádua sustentou que matara a atriz sozinho. Segundo ele, sua então mulher não participara do crime, diferentemente do que afirmavam policiais, promotores e parentes da vítima.
Desde o início do processo, o advogado de Pádua, Paulo Ramalho, insinuava que Paula estava envolvida. Apesar do que dizia Ramalho, Pádua sempre afirmou que Paula era inocente.
Paula diz que não matou Daniella. Ela está presa com base no testemunho do advogado Hugo da Silveira, que a teria visto no local do crime, e em uma suposta confissão dada a policiais da 16ª DP (Delegacia de Polícia).
Paula sempre negou ter feito essa confissão, que não consta do inquérito policial.
A versão de Pádua de que não presenciou o momento em que Paula teria golpeado Daniella também é inédita.
Segundo ele, não por sua vontade. Pádua disse à Folha que nunca houve por parte de jornalistas interesse em publicar o que chama de "versão verdadeira" do mais comentado crime ocorrido no Rio nos últimos anos.
"Fico indignado com a imprensa porque ela não divulga as provas a favor do réu", disse.
(ST)

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