São Paulo, quinta-feira, 22 de agosto de 1996 |
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PM aumenta rondas com administrativo RODRIGO VERGARA* RODRIGO VERGARA*; ROGÉGIO WASSERMAN
A Polícia Militar aumentou o contingente empenhado no policiamento na Grande São Paulo. A medida, posta em prática na segunda-feira, prevê que os policiais atuem mais ostensivamente, circulando com armas na mão. A decisão partiu do comando da PM e foi tomada na última sexta-feira, véspera do início de uma campanha contra violência. A campanha, organizada por parentes de vítimas, foi criada após uma série de crimes violentos que vitimou pessoas da classe média. Duas medidas tornaram possível o aumento do contingente: transferência de 50% do pessoal administrativo (cerca de mil policiais) para o trabalho na rua e uso do Choque no policiamento. "O Choque sempre esteve aquartelado e agora passou a fazer policiamento ostensivo", disse anteontem o secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, por intermédio de sua assessoria. Segundo o coronel Paulo Régis Salgado, relações-públicas do comando, desde segunda-feira todos os batalhões estão orientados a "redirecionar e remanejar o policiamento para as áreas de maior incidência de crimes e tornar o policiamento mais ostensivo." Os cerca de mil homens deslocados da administração para o policiamento estão sendo utilizados na Operação Cruzamento e para tornar a PM mais visível em locais de maior criminalidade. A operação, implantada em 1º de julho, fiscaliza corredores de trânsito. Choque No Choque, o que se fez foi tornar diária uma operação chamada Força Total, antes restrita a um dia da semana. Agora, o Choque só não vai à rua aos domingos. Às segundas, quartas e sextas-feiras, o Choque atua com contingente menor, entre 200 e 470 homens. Às terças, quintas-feiras e sábados, atua com 300 a 470 PMs. As diferenças entre os policiais do Choque e o policiamento normal estão no armamento disponível e a forma de atuação. Fuzis, coletes à prova de balas, cavalos e cães podem até não ser usados, mas estão à disposição. A estratégia típica é a blitz. Segunda, em Santo André, a operação prendeu duas pessoas por tráfico e recapturou um foragido da polícia. Prática Ontem, dois pelotões do 3º Batalhão de Choque participaram de operações de policiamento ostensivo na praça da República e no largo Santa Cecília, no centro. Cem policiais, armados com metralhadoras 9 mm e espingardas 12 mm circularam acompanhados de 20 cães e um pelotão da Cavalaria. Segundo o tenente Viana, não houve ocorrências graves. Texto Anterior: Reitor busca recursos alternativos Próximo Texto: Civil também inicia operação Índice |
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