São Paulo, quinta-feira, 22 de agosto de 1996 |
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Rotten tem outra versão
PATRICIA DECIA
Um dos principais argumentos do livro é que o empresário Malcolm McLaren e as influências do que acontecia em Nova York não tiveram nada a ver com o movimento punk na Inglaterra, que, para Rotten, nasceu e morreu com os Pistols. "O punk nasceu de uma maneira bem pouco musical. Eu estava andando com minha camiseta 'Eu odeio Pink Floyd' e fui convidado para ir à loja Sex, de Malcolm e Vivienne (Westowood). Como não sabia cantar, fiz mímicas de uma música do Alice Cooper", conta Rotten. Os personagens do livro de Rotten, que também contribuem com depoimentos, são muito diferentes. Estão lá Billy Idol, a jornalista Caroline Coon -que, segundo o livro, deu nome ao movimento- e o cineasta Julien Temple, além dos integrantes dos Pistols. A maior referência sobre algum norte-americano é relacionada a Nancy Spugen, a namorada de Sid Vicious que foi para Londres atrás dos New York Dolls (que tocaram com a banda na Inglaterra). Nancy é acusada de ter iniciado Vicious -então baixista dos Pistols- na heroína. "Tudo bem, Johnny Rotten nunca vai aceitar que o punk nasceu nos EUA, eu entendo, mas é verdade. Agora, achar que Caroline Coon deu nome ao movimento é piada. Eu editava uma revista chamada 'Punk' muito antes de os Pistols existirem", rebate Legs McNeil, autor do livro "Please Kill Me" (Por Favor, Me Mate). (PD) Texto Anterior: Movimento punk ganha cidadania americana Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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