São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 1996
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Fim de ano já anima as indústrias

Produção pode subir até 35%

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Indústrias de alimentos, eletrônicos, eletrodomésticos e roupas se preparam para aumentar em até 35% a produção para o final deste ano sobre igual período de 1995.
Fabricantes de eletroeletrônicos apostam que o consumo cresce com o crediário mais longo e a tendência de queda dos juros.
Confeccionistas estão animados com as vendas da coleção verão -tradicionalmente maior do que a de inverno-, que pode custar até 20% menos do que a de 95.
Indústrias de alimentos acreditam em maior demanda porque o consumidor tem agora acesso aos produtos elaborados.
Linha branca
A Refripar (marcas Electrolux Prosdócimo) decidiu aumentar em 15% a produção neste final de ano sobre 1995.
"Se as taxas de juros continuarem caindo, vai aumentar o consumo neste Natal", diz Antonio Carlos Romanoski, diretor-geral.
Para ele, a população de baixa renda ainda tem fôlego para adquirir eletrodomésticos como geladeira e fogão, "que estão com preços estabilizados".
A Gradiente já produz neste ano 25% mais do que no ano passado e vai manter esse ritmo até o final do ano. Do Plano Real até agora ela subiu a produção em 55%.
"Este promete ser o melhor Natal da história", afirma Eugênio Staub, diretor-presidente. Ele conta que a empresa contratou 350 pessoas em julho. Hoje tem cerca de 3.000 funcionários.
A Philips informa que vai aumentar a produção o quanto for necessário para terminar o ano com participação de 19% na venda de televisores em cores no país.
A empresa não revela quanto isso significa por considerar estratégico. A Itautec Philco não esconde: vai fabricar neste fim de ano 35% mais do que em 95 para manter seu mercado de TV em cores.
A CCE está programada para produzir de 15% a 20% mais neste semestre sobre igual período do ano passado, e de 10% a 15% mais sobre os primeiros seis meses deste ano, diz Kendy Carvalho, diretor.
Alimentos
A Perdigão costuma aumentar de 20% a 25% a produção de setembro a dezembro sobre a média do ano. Neste ano manterá esse ritmo, e cerca de 3% acima de 95.
A empresa já contratou 1.800 pessoas neste ano para dar andamento ao seu plano de investir US$ 200 milhões para aumentar 50% a produção de 1995 até 1997.
"A previsão é e que toda a produção será consumida até o final do ano", diz João Rozário, vice-presidente comercial.
Américo Sato, superintendente do Café do Ponto, cita a queda de preço do café torrado e moído e prevê para este semestre venda 10% maior do que a de igual período do ano passado e 15% maior do que a do primeiro semestre.

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