São Paulo, domingo, 25 de agosto de 1996
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Violência; Caos agrícola; Aniversário; Nota deselegante; Credenciais; Estigma

Violência
"Quero parabenizar o sr. Oded Grajew por seu excelente artigo 'Reaja, Brasil' (21/8).
Gostaria de sugerir duas medidas que acho urgentíssimas: pressionar o Congresso para criminalizar o porte de armas e que se consiga de rádios e TVs que não noticiem crimes antes das 23h.
Dias atrás, durante mais de uma hora, procurei em vão um canal que não estivesse reportando crimes."
Wanda M.P. Pompéia (Cotia, SP)
*
"Com relação ao editorial 'Reage SP' (18/8), notei que algumas causas de criminalidade assustadora foram lucidamente indicadas.
Fiquei, entretanto, frustrado por não ter sido aventado nesse debate o papel deseducador de crianças e dos jovens dessa verdadeira antiescolha que inocentemente invade os nossos lares quando ligamos o nosso aparelho de televisão."
Eddie Mancini (São Carlos, SP)

Caos agrícola
"Perfeita a colocação do jornalista econômico Aloysio Biondi (22/8). É chegado o momento de um basta nas improvisações econômicas do governo na área agrícola.
Foi instalado o caos no setor, principalmente na safra 95/96 e nesta, que ainda pode ser salva."
Ademir Vieira da Silva, presidente do Ceagru -Clube dos Engenheiros Agrônomos de Uberlândia (Uberlândia, MG)

Aniversário
"A edição de 22/8 nos levou a recordar e meditar sobre o meio século de existência da PUC-SP.
Sem sombra de dúvida são anos dedicados à honesta formação de seus alunos, sempre alicerçada na defesa dos ideais democráticos, mesmo durante os 'anos de chumbo'.
Nossos cumprimentos ao jornal pela brilhante reportagem."
José Eduardo Cardozo, vereador pelo PT-SP (São Paulo, SP)
*
"Lendo a reportagem sobre os 50 anos da PUC, não esperava um retrato com outro caráter senão o histórico, naturalmente.
No entanto, como aluno de ciência da computação, gostaria de revelar que a visão socialmente correta mostrada pela Folha não revela a verdadeira face de nosso centro.
A insatisfação dos alunos é quase geral. Mensalidades absurdas (R$ 550), equipamentos deficientes, professores despreparados, além da total falta de comunicação entre reitoria e nossa diretoria."
Alberto Brandi (São Paulo, SP)

Nota deselegante
"Com relação à nota publicada no dia 20/8 na Ilustrada, gostaríamos de esclarecer que a sra. d. Ruth Cardoso não vestia nenhum modelo Laduarte no lançamento de 'Tieta'.
A Laduarte orgulha-se de poder concorrer com outras grifes, tanto no mercado como um todo quanto para vestir d. Ruth Cardoso.
Óbvio que a concorrência pode incomodar, e estamos abertas a críticas, mas o que é essencial é a verdade.
E a verdade é que a nota publicada mostrou-se deselegante."
Telma Monteiro, sócia da grife Laduarte (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Joyce Pascowitch - Em nenhum momento a coluna afirmou ser a roupa da Laduarte.

Credenciais
"Ao expor suas credenciais 'acadêmicas', Darcy Ribeiro diz ter participado de vários seminários de reformas de universidades na América Latina e, inclusive, criado a Universidade Nacional da Costa Rica.
Ora, participar de seminários no exterior foi o esporte predileto dos comunossauros que degustaram o amargo caviar do exílio.
Quanto a fundar universidades, a pretensão é espantosa para alguém que nem sequer domina o espanhol. Em 1979, em um seminário sobre América Latina, em Achern, Alemanha, para justificar seu monoglotismo Ribeiro alegava falar portunhol, 'la lingua (sic) del futuro'.
Quanto aos doutorados 'honoris causa' que recebeu, é bom lembrar que as universidades são complacentes em relação a gregos e troianos, mineiros ou cubanos.
Tancredo Neves recebeu esse título da Universidade de Coimbra e o mais antigo ditador deste século, Fidel Castro, é doutor 'honoris causa' pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Monoglota, Ribeiro agradeceu o título conferido pela Sorbonne... em português. Gaba-se de ser antropólogo. Mas esse ofício, como o de psicanalista ou prostituta, não é legalmente reconhecido no Brasil."
Janer Cristaldo, tradutor e jornalista (São Paulo, SP)
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"Fui aluno do professor Janer Cristaldo na UFSC no final da década de 80. Bom professor e sobretudo polêmico, Janer estava ameaçado de perder o emprego por não ter preenchido certos requisitos exigidos para ministrar a cadeira de literatura brasileira.
Revoltado com o que considerava uma injustiça, exibia a mim, em alguns encontros que tivemos, um argumento incontestável em favor de sua permanência na universidade: seu currículo como tradutor, autor de artigos e críticas literárias, além de escritor de romance.
Surpreende, pois, vê-lo agora convertido em defensor dos portadores de diploma universitário. O sr. Darcy Ribeiro, Janer, não é um 'mentiroso e embusteiro'. Não fosse sua vasta obra na área de antropologia, ainda assim mereceria lugar de destaque no cenário cultural brasileiro por seu belíssimo romance 'Maíra'.
Quanto a esse tal de José Carlos de Almeida Azevedo, a quem Janer aderiu prontamente, a única coisa que se sabe é que teria sido reitor da Universidade de Brasília."
Murilo Mendes (Criciúma, SC)

Estigma
"Com referência à reportagem 'Profissões rejeitadas' (18/8), gostaríamos de parabenizá-los pela excelente idéia, pois a explicitação desse tipo de problema pode ajudar em muito no combate ao mesmo.
Sabedora do estigma que acompanha a profissão de lixeiro, a Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte vem desenvolvendo um intenso e consistente trabalho de qualificação e promoção humana dos seus mais de 6.000 servidores diretos e indiretos, em um esforço para valorizar a profissão, resgatar a credibilidade do serviço público e melhorar a qualidade de vida da população da nossa capital."
Heliana Kátia Tavares Campos, superintendente, Cássio H.V. Velloso, diretor de operações, Fernando Brandão, diretor administrativo-financeiro e João Pereira de Mello Neto, diretor técnico, Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte (Belo Horizonte, MG)

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