São Paulo, domingo, 25 de agosto de 1996
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Maioria das transações acontece às sextas-feiras

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Um dos golpes mais comuns é o da compra à vista. O golpista liga para uma empresa, normalmente na sexta-feira, no início da tarde, dizendo que quer comprar a mercadoria e aproveitar que seu caminhão está na região.
Depois de acertado o preço, o golpista diz que está depositando o valor na conta do fabricante.
Por volta das 16h, o golpista manda um fax com um depósito bancário falsificado, passa na empresa, retira o produto e some.
O superintendente técnico da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Domingos Solimeo, esclarece que as "arapucas" sempre existiram, mas hoje elas estão cada vez mais especializadas. "Chegam a comprar empresas exclusivamente para usá-las em golpes."
Ele diz que também é comum os golpistas abrirem uma empresa e trabalharem nela por um tempo. "Quando conquistam a confiança dos fornecedores, dão o golpe."
A associação, diz ele, começa a desconfiar de uma empresa quando ela passa a comprar mercadorias fora do seu ramo de atividade. "A suspeita aparece ainda quando as consultas aumentam de 3 para 15 por mês, por exemplo."

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