São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 1996 |
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Proprietário vê ação de 'guerrilha' Fax alertou ministro sobre risco de conflito DENISE MADUEÑO
Segundo Pimentel, desde 21 de junho ele enviou mensagens por fax aos ministros da Justiça e da Agricultura, ao governador do Pará, à Polícia Federal e ao Incra alertando para o risco de conflito. A assessoria do Ministério da Justiça confirmou o recebimento do fax. O secretário-executivo Milton Seligman disse que as "hipóteses de conflito são diárias" na região. A seguir, trechos da entrevista de Pimentel. * Folha - Os posseiros receberam tiros de pistoleiros da fazenda, como afirmou o posseiro Gilvan Alves da Silva? Vinícius Pimentel - Se fossem pistoleiros, já teriam tirado os invasores de lá. O pessoal que está trabalhando na fazenda está dormindo na sede da fazenda com medo. Eles (invasores) foram na sede para matar o pessoal. Somos de São Paulo. Não íamos mandar matar ninguém. O delegado esteve na sede e viu que os tiros foram de fora para dentro da casa. Eles (invasores) estavam fortemente armados. Folha - Quem são os invasores? Pimentel - É uma guerrilha. Estão armados com armas pesadas, de repetição. Não acho que são do movimento dos sem-terra. Os trabalhadores sem terra têm reivindicações diferentes. Lá é uma terra sem lei. Ninguém toma providências. A polícia diz que só pode tomar providência se tiver uma ordem escrita do governador. Ele não vai dar uma ordem por escrito em um ano eleitoral. Folha - A fazenda São Francisco é produtiva? Pimentel - É produtiva. Tem 2.000 cabeças de gado, currais, 30 km de cerca, três casas novas. Texto Anterior: Ministério descarta intervir Próximo Texto: 'Só temos armas de um único tiro' Índice |
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