São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 1996 |
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Ato no Rio pede a condenação de réus Manifestação reuniu 500 na Barra da Tijuca ANDRÉ LOZANO
O ato, organizado por Sarandah Villas-Boas, do Movimento Barra Cult, começou às 11h30 e durou 1 hora e meia. Até as 13h, a única atriz que havia comparecido foi Cristiana Oliveira. Representantes dos moradores de classe média alta da Barra da Tijuca pediram, de cima de um carro de som que tocava músicas eruditas, o fim da impunidade no país e a condenação de Guilherme de Pádua, 26, e de sua ex-mulher, Paula Thomaz, 22, acusados do assassinato de Daniella Perez, que chegou a ser chamada de "a mártir da violência". Os dois acusados deverão começar a ser julgados na próxima quarta-feira. A previsão é de que o julgamento dure três dias. Panfletagem No dia do julgamento, ONGs (organizações não-governamentais) prometem distribuir 170 mil panfletos pedindo a condenação dos acusados. "Vim como cidadã a esse ato e não como atriz que trabalhou seis meses com a Daniella. A minha expectativa é de que os dois sejam condenados à pena máxima", afirmou Cristiana Oliveira, 32. "Estamos vivendo um surto de violência urbana em todo o país. Se não houver mobilização contra a violência e pela punição exemplar dos criminosos, essa onda de insegurança pública vai continuar", disse o ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman, 39, que vestia uma camiseta com a foto de Daniella Perez. Estiveram presentes na manifestação também o modelo Beto Simas e a drag queen Isabelita dos Patins. A estudante Barbara Ferrante, 21, sobrinha de Glória Perez, a mãe de Daniella, disse que a tia não foi ao ato porque "ela não está podendo falar nos dias que antecedem o julgamento". À tarde, na favela de Acari (zona norte), outra manifestação realizou o julgamento simbólico de Guilherme de Pádua e Paula Thomaz. A organização do ato informou que o resultado do júri seria divulgado após as 21h de ontem. Daniella Perez foi assassinada na noite de 28 de dezembro de 1992, após deixar os estúdios de gravação da Rede Globo, no Rio. Texto Anterior: Violência preocupava vítima Próximo Texto: Cetesb decide se prorroga rodízio Índice |
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