São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 1996 |
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Diretora aceita metade do salário
ALEXANDRA OZÓRIO DE ALMEIDA
A afirmação é de Arlete Barcelli, diretora financeira da concessionária Macrodiesel, de Itu (92 km a noroeste de São Paulo). Há cinco anos, Barcelli viveu essa situação na própria pele. "Quando me tornei diretora financeira da empresa, preenchi um cargo antes ocupado por um homem, passando a receber metade do salário que ele ganhava", diz. " Hoje ganho o salário integral, mas tive que conquistar meu espaço, não tive opção. Foi o preço que tive de pagar", conta Arlete Barcelli. Para ela, no Brasil, sempre se dá um "jeitinho" para descumprir a lei que obriga homens e mulheres a ter isonomia salarial. "Já vi muitas pessoas com cargos e salários diferentes que exercem a mesma função e têm as mesmas responsabilidades. As empresas dão nomes diferentes aos cargos para não sofrer processos trabalhistas", diz. Para Rosângela Fernandes, gerente de meio ambiente da Companhia Nacional de Álcales, em Arraial do Cabo (RJ), os homens tripudiam muito as mulheres no ambiente de trabalho. "Acredito que o pior é lidar com homens em posições hierarquicamente inferiores. Se puderem te boicotar, boicotam. Depois, se você conseguir se impor, até te endeusam. Mas as mulheres têm que provar competência para conseguir respeito", afirma. Texto Anterior: Empregadores preferem as mulheres Próximo Texto: Martelo no ar; Problemas alheios; Iniciativa própria; Desempenho destacado; Em incorporação; Banco no vermelho; Novo supermercado; Compra de materiais; Parceira no Mercosul; Base sólida; Gatos e lebres; Índice |
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