São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 1996 |
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PM adverte Corinthians e nega trégua às torcidas organizadas
MARCELO DAMATO
"A paz está apoiada em normas que mostraram ser eficazes. Jamais as trocarei por uma declaração de intenções", disse o coronel Carlos Alberto de Camargo. O oficial só admite trocar o sistema atual por outro já aprovado. "O sócio-torcedor é uma saída. Nesse caso, o clube tem poder para bani-lo do estádio, se necessário." O Arsenal (Inglaterra), por exemplo, tem 60 mil sócios-torcedores. Quando joga em seu campo, só essas pessoas podem comprar ingressos no setor da torcida local. Mesmo para os demais setores, qualquer pessoa não-credenciada tem que mostrar documentos na bilheteria. Já no Brasil, não há regulamentação para o sócio-torcedor. Camargo também defendeu a criação de leis específicas. "A lei tem um caráter preventivo. Na Inglaterra, são crimes invadir o campo, jogar objetos e até cantar música ofensiva." Corinthians O comandante afirmou que deu "um puxão de orelhas" na diretoria do Corinthians por causa do acordo firmado na semana passada com as torcidas organizadas. As torcidas se comprometeram a não mais vaiar o time, e os diretores, a pressionar pelo fim do banimento das torcidas. Em função do acordo, Paulo Eduardo Romano, presidente da Gaviões da Fiel, a maior organizada do Corinthians, viu o jogo contra o Guarani da tribuna de honra, com dirigentes. "Foi um cochilo. Aos poucos, tudo está entrando nos eixos de novo." Camargo afirmou que o Corinthians é uma exceção. "Com São Paulo, Palmeiras e clubes em geral, há uma união monolítica nesse assunto." Texto Anterior: Em Curitiba Próximo Texto: Luxemburgo coloca culpa em horário Índice |
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