São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 1996
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Washington tem clima de império

Fim da Guerra Fria não muda alma

GILSON SCHWARTZ
ENVIADO ESPECIAL AOS EUA

Acabou a Guerra Fria, os espiões agora procuram emprego como burocratas do Departamento do Comércio e o programa espacial, em lugar de uma Guerra nas Estrelas, virou expedição de arqueologia. Ainda assim, Washington preserva um sabor e um clima de capital imperial, como se a partir dali pudessem ser decididos os destinos de todo o mundo.
A arquitetura dos prédios públicos é um roteiro à parte. É impossível não sentir no ar os ecos de projetos grandiosos quando se caminha em meio à selva de colunas gregas ou se tromba com o obelisco gigantesco. É a capital dos EUA, mas é impossível não pensar em Roma. Ou mesmo em Mussolini.
O Capitólio é uma visão à parte. A regra de que nenhum edifício pode ser erguido alto a ponto de superar a cúpula do Congresso norte-americano é outro símbolo, menos imperial, da tradição democrática tão arraigada nos Estados Unidos. É a terra do "free speech" (liberdade de expressão).

LEIA MAIS sobre Washington nas págs. 6-2 a 6-4

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