São Paulo, terça-feira, 27 de agosto de 1996
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Pagamento é à vista, diz empresária

DA REPORTAGEM LOCAL

A preferência dos políticos por brindes populares, de baixo custo, não impediu que a empresária Sueli Dib abrisse, no início do ano, uma empresa de CDs para serem distribuídos como brindes nesta campanha eleitoral.
"O objetivo foi a eleição, mas pretendemos continuar fazendo CDs para empresas", diz Sueli, que contratou 25 funcionários para criar a Idéias e Promoções.
Os CDs custam R$ 5,90 (com tiragem mínima de mil unidades). O candidato pode escolher o tempo de músicas e de seu discurso.
"O que esbarra no candidato é o preço. Mas os brindes descartáveis e um CD pode ser guardado", diz a empresária, que produziu discos para dois candidatos a vereador do interior de São Paulo.
Sueli tem outra empresa, que fabrica camisetas e balões. Ela está comercializando atualmente 40 mil camisetas por dia para todo o país. Em épocas em que não há eleições, a produção cai para 5 mil unidades/dia.
"Todo mundo pára de vender para clientes habituais nesta época para vender para políticos. É a fase onde se ganha. Deixamos de vender com prazo de pagamento para 30 ou 45 dias para receber à vista."
Nota fiscal
Segundo ela, há dez anos era mais fácil vender brindes para os candidatos.
"Hoje eles estão mais preocupados em justificar a origem dos gastos e querem nota fiscal de tudo. Antes, eles nem pediam nota e barganhavam nos preços."
Ela também acredita que os políticos estão gastando menos nesta campanha em relação às anteriores. "Candidato quer preço, não qualidade."

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