São Paulo, terça-feira, 27 de agosto de 1996
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Partidos estão gastando menos

DANIELA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Para as empresas de brindes, o volume de negócios está menor nesta campanha.
Isso ocorre porque os partidos estão utilizando a maior parte de suas verbas em campanhas televisivas e investindo menos no segmento de brindes.
"Hoje, minha empresa tem estrutura maior, mas os partidos estão gastando menos", afirma Horácio Halasz, proprietário da Sim'e Propaganda e Eventos, que desenvolve logotipos e slogans para os candidatos.
Segundo ele, um "pacote" para criação de bandeiras, "bottoms", camisetas, santinhos etc. custa R$ 6.000. "Antes, o preço era R$ 10 mil."
Edna Saito, sócia da Hi Service, locadora de veículos, diz que na campanha de 92 o faturamento da empresa aumentou em 40%.
"O mercado de locação começa a aquecer em setembro, mas comparado com 92, o movimento está fraco", diz Edna.
"Esta é a campanha mais fraca que já fiz", diz Célia Duarte, proprietária da Estamparia Celysans. Ela trabalha há 12 anos em campanhas e há três criou sua empresa. Atualmente, 45% da produção de estampas é para candidatos.
Os fabricantes de brindes atribuem o movimento mais fraco desta campanha ao rigor da nova legislação eleitoral e também à diminuição das doações.
"As empresas estão em situação delicada", diz Giuseppe Barbusi, da Mistic, fabricante de brindes.
Jorge Yunes, coordenador geral da campanha do PPB, diz que esta é a campanha mais barata dos últimos anos. "Não estamos arrecadando. Se não há verba suficiente, investimos no candidato majoritário." Ele diz que o PPB gastou até o momento R$ 300 mil com brindes e distribuição.
(DFe)

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