São Paulo, terça-feira, 27 de agosto de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

'Warriors' faz da barbárie sua matéria-prima

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

"Warriors" (Globo, 1h40) pode não ser o melhor filme do mundo, mas informa muito sobre esse instante em que o crime deixa de ser individual para se tornar organizado: obra de gangues.
Aqui, estamos menos no mundo do crime (contra outros cidadãos) do que no interior das gangues: suas ambições e combates. Sua boçalidade. Se as gangues -entre as quais os Warriors- não saem do filme engrandecidas, também não é o caso, para Walter Hill, de entrar em considerações morais sobre elas. Ela existe, é um fenômeno.
O que o filme tem de especialmente inquietante é que vemos seus personagens, mas a essência de seus atos escapa aos olhos leigos. O filme parece, também, não compreendê-los. Mas os olha. Não é cínico: mostra a barbárie e o tamanho do esforço a fazer para compreendê-la.
(IA)

Texto Anterior: CLIPE
Próximo Texto: 'Speed' é só adrenalina
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.