São Paulo, terça-feira, 27 de agosto de 1996
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Feira do livro se encerra com recordes

DA REPORTAGEM LOCAL

Foi a maior Bienal de todos os tempos. A 14ª feira internacional de livros realizada em São Paulo fechou as portas no último domingo com recorde de público, exemplares vendidos e faturamento.
Em duas semanas -dos dias 13 a 25 de agosto-, o evento recebeu 1.488.308 visitantes, que compraram 17,5 milhões de livros e movimentaram US$ 84,2 milhões.
Esses números superam os da Bienal de 1994. Há dois anos, a feira atraiu 1,2 milhão de pessoas. Houve, portanto, um crescimento de 24%.
O faturamento, que era de US$ 66 milhões, cresceu 27,6%. E o número de exemplares vendidos (13,2 milhões em 94) registrou aumento de 32,6%.
Segundo a Câmara Brasileira do Livro (CBL), organizadora do evento, o desempenho de 96 superou não só o da Bienal anterior como o de todas as outras desde 1970.
Um dos motivos para o avanço pode ser creditado ao novo espaço onde agora se realiza a feira. No antigo, o Ibirapuera, os expositores se espalhavam por 23 mil metros quadrados.
No atual, os três pavilhões do Expo Center Norte, a área total é de 43 mil metros quadrados.
Livros baratos
Uma das intenções da CBL, ao transferir o local da feira para a zona norte de São Paulo, era tentar trazer ao evento um público de menor poder aquisitivo que, sempre se acreditou, se mantinha distante do consumo de livros.
Os números finais da Bienal não fornecem o perfil socioeconômico dos visitantes que estiveram na feira. Mas o fato é que algumas editoras se prepararam para a popularização de seus produtos.
A tática deu certo ao menos para a Ediouro, que teve o livro "Soneto de Fidelidade e Outros Poemas", de Vinicius de Moraes, entre os três mais vendidos da feira, de acordo com a CBL. O preço de cada exemplar é R$ 1,80.
Os outros dois títulos mais vendidos foram "O Monte Cinco", de Paulo Coelho (editora Objetiva), e "Série da Tia", de Ziraldo (editora Melhoramentos).
A CBL afirma que chegou à lista dos best sellers depois de consultar os editores que participaram da Bienal.
Até ontem às 13h, a entidade não sabia informar quantos exemplares de cada um dos três títulos foram vendidos. Fazia, porém, a ressalva de que "Série da Tia" é, na verdade, um conjunto de quatro livros infantis.

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