São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 1996
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RS e SC fecham fronteiras para erradicar febre aftosa

DA REPORTAGEM LOCAL

A partir de 1º de setembro próximo as fronteiras do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina estarão fechadas para a entrada de gado bovino de outros Estados.
A proibição visa impedir que animais de regiões onde a febre aftosa ainda não está controlada possam transmitir a doença para os rebanhos gaúcho e catarinense.
Válida por 120 dias, a portaria foi divulgada na semana passada pela Secretaria de Defesa Agropecuária, órgão do Ministério da Agricultura e Abastecimento.
"Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão num estágio avançado de controle da aftosa e nos últimos dois anos nenhum caso clínico foi constatado", diz Aluísio Sathler, 48, diretor da secretaria.
Segundo ele, a erradicação da doença naqueles Estados está próxima. "Não se pode correr o risco de retorno da aftosa. A portaria que suspende o trânsito de gado vai evitar isso", afirma.
A proibição vale ainda para búfalos, ovinos, caprinos e suínos.
Para Geraldo Petreche, diretor do Sindicato Nacional dos Pecuaristas, sediado em São Paulo, a proibição não trará consequências econômicas para os criadores de outros Estados.
"A carne consumida no Rio Grande do Sul e Santa Catarina é produzida lá mesmo", diz.
Segundo ele, pouco gado toma o rumo daqueles Estados. "Nós é que compramos bezerros deles", afirma.
Petreche defende a proibição. "É necessária para proteger um rebanho que praticamente se livrou da febre aftosa", diz.
Ele acredita que Estados como São Paulo, Paraná e Mato Grosso em breve devam também eliminar os focos da doença.

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