São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 1996
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FHC diz ser preciso 'esmagar' servidor que 'mancha' a função

Para presidente, país vive a 'refundação da República'

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que é preciso "esmagar aqueles poucos (servidores) que mancham a função pública". Ele afirmou também que, sem amor, não se consegue realizar aquilo que é necessário.
"É importante sublinhar que existem muitos funcionários que cumprem o seu dever", afirmou FHC. "Acho que o Brasil sabe que alguns não o cumprem. O Brasil se indignou pelos abusos."
Depois de afirmar em duas ocasiões que o Brasil atravessava a "terceira onda" de desenvolvimento, o presidente lançou uma nova tese, que o Brasil vive a "refundação da República".
Segundo ele, os funcionários que cumprem seus deveres participam dessa refundação. "Temos que nos comportar como servidores públicos, como alguém que serve ao público." O presidente fez as afirmações na cerimônia de condecoração de magistrados, no Palácio do Planalto.
FHC afirmou que o governo precisa de "amor" e "dedicação" para realizar suas metas.
"Não se faz nada de grandioso sem que haja generosidade, sem que haja uma disposição interna íntima, que leve a essa expressão de amor", afirmou FHC.
Durante o discurso, FHC brincou com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Sepúlveda Pertence, sobre o plano do Poder Judiciário de aumentar em 47% as despesas de pessoal no ano que vem. Depois de afirmar que o Judiciário cumpre o seu dever, disse que esse reconhecimento e o respeito são importantes. "Não precisa mais do que respeito. É tão difícil o resto. Por falar em salário, né, ministro Pertence?", afirmou.

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