São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 1996
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Banco questiona grupo americano

Noel Group estaria em liquidação

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), gestor do programa de privatização brasileiro, pediu explicações ao Noel Group, dos Estados Unidos, sobre notícia de que ele estaria em liquidação.
O grupo é um dos controladores da ferrovia Bauru-Corumbá, privatizada em março. A chefe do Departamento de Desestatização do BNDES, Estela Palombo, disse que o diretor do grupo norte-americano, Samuel Pryor, prometeu enviar hoje as explicações, por fax.
Estela Palombo disse que, quando a Bauru-Corumbá foi privatizada, não foi constatado nenhum problema financeiro com o Noel Group, que funciona como uma espécie de holding para a aplicação de capitais de investidores.
Segundo Palombo, Pryor informou que o que está ocorrendo no Noel Group é normal nesse tipo de empresa nos EUA.
Segundo ela, se houver algum problema que obrigue o BNDES a cancelar a privatização da ferrovia, os R$ 6,23 milhões já pagos pelos novos controladores não serão devolvidos.
A concessão da ferrovia custou R$ 62,36 milhões, sendo 10% à vista e o restante em 30 anos.
Segundo noticiou sábado passado o jornal "O Globo", o Noel Group convocou seus acionistas para uma reunião no dia 30 de setembro para decidir sua liquidação e os destinos que seriam dados às participações acionárias que ele tem em vários empreendimentos.
Além do Noel Group, participam do controle da ferrovia brasileira, batizada de Nova Oeste após a privatização, outros cinco grupos. Um deles, a Brazil Rail Partners, também é dirigido por Samuel Pryor.
Os outros são o Chemical Bank, o Bank of America, a D. K. Partners e a Western Rail Investors. A Folha tentou falar com um desses sócios, o Bank of America, mas a informação recebida foi de que somente seu presidente no Brasil, Joel Korn, que está em viagem ao exterior, poderia falar do assunto.

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