São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 1996 |
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Proposta admite uso de calculadora por alunos
MARTA SALOMON
O ensino de matemática e português, assim como o comportamento dos professores, ganharam destaque na proposta. Motivo: só 30% dos alunos que completam a 4ª e a 8ª séries estão aptos a resolver problemas e só a metade deles é capaz de formular alguma crítica sobre o que lê. O quadro, traçado neste ano por uma pesquisa do próprio MEC, foi considerado "desastroso" pelo ministro Paulo Renato Souza. Para começar, a proposta quer banir das escolas o tipo de professor que se limita a "vigiar, aconselhar, corrigir, ensinar a matéria", enquanto o aluno "presta atenção e reproduz a matéria dada", que logo depois será esquecida. As aulas de matemática darão ênfase justamente à resolução de problemas. "O trabalho mecanizado, desprovido de significado para o aluno, pouco contribui para ajudá-lo a resolver problemas da vida prática ou desenvolver suas competências lógico-matemáticas", diz o documento do MEC. Treinamento O ministro afirmou que o treinamento de professores é fundamental para que a nova proposta dê certo. Além do programa da TV Escola -que lança mão de antenas parabólicas para a reciclagem de professores-, o ministério prepara a confecção de manuais para orientar a introdução de temas como educação sexual e ética. Texto Anterior: O novo papel da escola, segundo o MEC Próximo Texto: Estudo combate 'lei de Gerson' Índice |
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