São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 1996
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Pesca chilena ameaça reservas

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um estudo do Banco Central do Chile, divulgado ontem, revela uma preocupante superexploração dos recursos pesqueiros chilenos, a terceira maior fonte de receitas de exportação do país.
Segundo a avaliação, entre nove espécies investigadas somente a anchova teve um aumento de biomassa. Os índices de superexploração foram considerados graves para a merluza, a sardinha espanhola e algumas espécies de mariscos.
No caso da sardinha, das cerca de 8 milhões de toneladas consideradas como referência em 1985, restavam em 1993 apenas 311 mil toneladas.
No mesmo período, a biomassa da "almeja" (tipo de marisco) caiu de 146 mil toneladas para pouco mais de 37 mil.
Segundo grupos ecológicos e trabalhadores em barcos menores, a ocupação de áreas de pesca por grandes embarcações estrangeiras está provocando as perdas.
O Chile é o quarto país do mundo em níveis de captura de espécies marinhas. Segundo o Greenpeace (grupo ambientalista), no Chile há superexploração ou colapso iminente em quase 65% dos principais recursos pesqueiros.
A pesca perde apenas para a mineração e a exploração florestal como fonte de receitas de exportação no Chile.
O setor teve crescimento de 34% em 1995, com faturamento de US$ 1,7 bilhão e desembarques totais de 7,4 milhões de toneladas.

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