São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 1996
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Versão para "A Bela e a Fera" de Roger Vadim é exercício teatral

EDSON FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Feita para a TV, a versão de Roger Vadim para o clássico "A Bela e a Fera" é muito mais o registro de um exercício teatral do que uma obra cinematográfica.
Impressos na embalagem do vídeo, Susan Sarandon, Klaus Kinski e Anjelica Huston fornecem o único ingrediente que dá validade ao trabalho: a curiosidade.
Há pouca graça nessa versão burocrática, jocosa e, por incrível que possa parecer em se tratando de Vadim, assexuada. Ele se limitou a contar a história sem desenvolver as metáforas dispersas pela trama. Jogou fora uma chance -e um elenco- de ouro.
Sarandon é Bela. Filha de um camponês classe média, com duas irmãs -uma delas é Huston- que querem roubar seus pretendentes. Um belo dia, seu pai é feito prisioneiro pela Fera (Kinski), que exige uma filha do camponês em troca da liberdade.
É lógico que as duas irmãs malvadas não se dispuseram a salvar a pele paterna. Então lá foi a abnegada Bela, sem saber que uma recompensa a esperava. A moral da história chega quando a paciência do espectador já está esgotada.

Vídeo: A Bela e a Fera
Direção: Roger Vadim
Distribuição: Reserva Especial

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