São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 1996
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Projeto proíbe o porte de arma no Brasil

PAULO SILVA PINTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Câmara deve votar no próximo mês um projeto de lei que proíbe o porte de arma no país.
As exceções seriam Forças Armadas, polícias, empresas de segurança cadastradas pelo Ministério da Justiça, agentes de segurança acompanhando chefes de Estado estrangeiros, competidores de tiro e colecionadores com registro no Exército.
Quem já tem licença, mas está fora desses casos, teria de entregar a arma ao Exército, recebendo uma indenização.
O deputado Eduardo Jorge (PT-SP), autor da proposta, conseguiu "desencalhá-la" na última terça-feira da Comissão de Defesa Nacional.
Com assinaturas de todos os líderes partidários, foi colocado em votação o regime de urgência urgentíssima para o projeto de Jorge. O plenário aprovou.
O assunto está na pré-pauta da próxima sessão com votação da Câmara, marcada para o dia 10 de setembro. Em princípio, é possível designar um relator em plenário para analisar emendas e apresentar um substitutivo no dia 11. Se aprovado, vai para o Senado.
Se passar do dia 11, ficará só para depois das eleições municipais. Não estão previstas outras sessões com votação até lá.
Na Comissão de Defesa Nacional, o projeto de Eduardo Jorge tinha como relator o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).
Segundo Jorge, Jefferson disse ser contra uma proibição tão ampla do porte de armas. Roberto Jefferson foi procurado pela Folha, mas não estava em seu gabinete.
Hoje, o porte de arma pode ser concedido a todos os profissionais que comprovarem precisar dela e precisa ser renovado todos os anos. Os brasileiros podem comprar até seis armas.
Jorge defende alterações no projeto, definindo, por exemplo, se o porte de arma irregular será contravenção (como hoje) ou crime.

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