São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 1996 |
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Evento discute parceria e incentivo a jovens artistas Encontro foi realizado anteontem DA REPORTAGEM LOCAL A parceria de empresas e o incentivo do Estado são as vias para incentivar a nova produção cultural no país. Esse foi um dos tópicos do debate "Projetos e Programas de Incentivo ao Jovem Artista", da série "Antarctica Artes com a Folha", realizado anteontem, no auditório da Folha. Participaram do evento o secretário da Cultura do Estado de São Paulo, Marcos Mendonça, o galerista Thomas Cohn, a curadora Sônia Saltztein e a artista plástica Dora Longo Bahia. A mediação foi do editor-executivo da Folha, Matinas Suzuki Jr.Mendonça afirmou que, mesmo existindo uma política pública para apoio à cultura, as leis de incentivo fiscal têm limitações. "Apenas empresas de maior porte conseguem alavancar recursos substanciais para projetos culturais." Dora Longo Bahia afirmou que o projeto teve mérito por ter levado os curadores até os novos artistas. O galerista Thomas Cohn afirmou que o cenário da produção artística no país é alarmante. "O mapeamento constatou que os novos artistas concentram-se nas capitais, e que em 16 Estados não há sinal de vida de arte. Isso é triste." Ele contestou o critério do projeto de considerar jovem o artista com até 32 anos. A crítica Sônia Saltztein afirmou que houve uma desestruturação de papel provedor do Estado. "Hoje, o papel do Estado se reduz a um monitoramento", disse. Ela falou sobre o critério para a seleção de talentos e sobre as lacunas na formação dos artistas. "O desempenho e a competência de um artista não passam pela experiência ou pela formação dele. Quem tem mais desenvoltura conquista seu espaço. Precisamos formar uma vida institucional voltada para a arte menos fictícia." Texto Anterior: Dulcina de Moraes é enterrada Próximo Texto: Dulcina de Moraes é enterrada em Brasília Índice |
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