São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 1996
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Luna

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REDAÇÃO

"Penthouse", último disco do Luna, foi lançado já há quase um ano, e a Warner do Brasil continua adiando seu lançamento nacional.
É o mais potente trabalho do grupo, verdadeiro tratado de cultura Velvet e de suas implicações.
Nenhum apaixonado pelo Velvet deixará de pensar, ao ouvir "Bonnie & Clyde", a faixa final do CD, que Lou rejuvenesceu e tornou a recrutar a banda para mais uma de suas mortíferas criações.
Cantada originalmente nos 60 pelo autor Serge Gainsbourg em dueto com a atriz Brigitte Bardot, "Bonnie & Clyde" aparece renovada, em dueto com L‘titia Sadier (Stereolab). Quando Dean Wareham canta, é o jovem Lou quem está cantando, e isso é razão suficiente para celebração.
"Lost in Space" insinua os acordes do clássico velvetiano "Sweet Jane", que reaparecem, resplandecentes, em "Kalamazoo".
Quando o Velvet adormece, dá lugar a influências tão poderosas quanto. Tom Verlaine, ex-líder do Television, aparece em pessoa em duas faixas. "Double Feature" poderia estar em qualquer disco de Leonard Cohen; "Hedgehog" cita "No Fun" (69), dos Stooges.
Devem permanecer à margem, como aconteceu com o Velvet em seus primeiros discos (nem resenhados pela "Rolling Stone"). Mas, se a volta do círculo de fato se completar, em 30 anos, no máximo, Luna, a grande banda dos 90, possuirá outro status.
(PAS)

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