São Paulo, sábado, 31 de agosto de 1996
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Maluf ataca aval para Estado pagar dívida

NELSON ROCCO
DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito Paulo Maluf comemorou ontem a autorização para rolagem da dívida do município. Ao mesmo tempo, criticou a permissão dada pelo Senado para que o governo estadual possa emitir títulos para pagar seus débitos.
"Estamos (a prefeitura) pagando os precatórios em dia. Mas o governo do Estado quase sofre uma intervenção se não fosse, quase no mesmo dia, aprovado mais de R$ 700 milhões de dívida para São Paulo", disse.
O Senado aprovou na última quinta-feira a emissão de Letras do Tesouro do Estado de São Paulo para pagar precatórios judiciais (dívidas cobradas pela Justiça) no valor de R$ 748,2 milhões.
Aprovou, também, a rolagem da dívida da Prefeitura de São Paulo por meio de emissão de R$ 954 milhões em Letras Financeiras do Tesouro Municipal.
A rolagem faz parte de acordo feito entre o prefeito e o presidente Fernando Henrique Cardoso em março deste ano.
O acordo previa o apoio do PPB -partido de Maluf- à reforma da Previdência e também para barrar a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos bancos na Câmara.
Obras
Comentando reportagem da Folha publicada ontem que mostrava que a maioria das obras do governo Maluf se localiza a 10 km de sua casa, o prefeito disse: "A Folha diz que está a 10 km da minha casa, mas está também a 10 km da casa do sr. Frias (Octávio Frias de Oliveira, publisher da Folha), do sr. João Jorge Saad (TV Bandeirantes), da família Mesquita (jornal "O Estado de S. Paulo) e de milhões de pessoas que moram nesses bairros. Ah! Do sr. Silvio Santos também, que mora no Morumbi".
O prefeito afirmou que já fez 1.300 km de calçamento em ruas da cidade enquanto a administração anterior fez apenas 360 km.
O candidato Celso Pitta (PPB) disse que em sua administração irá priorizar a área social, "o que inclui o calçamento de ruas e a iluminação". Os dois estiveram ontem em carreata pelos bairros Cidade Ademar e Itapura (zona sul).

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