São Paulo, sábado, 31 de agosto de 1996
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Especialistas apontam erros

DA REPORTAGEM LOCAL

Especialistas em poluição atmosférica e em meio ambiente divergem sobre a eficácia e apontam defeitos no primeiro rodízio de veículos obrigatório feito no país.
Para o professor do Departamento de Física Aplicada da USP Américo Kerr, 43, o rodízio foi importante para conscientizar a população dos efeitos que a má qualidade do ar acarreta à saúde.
Mas Kerr avalia o rodízio como uma medida "muito tímida". "É preciso reduzir permanentemente o número de carros em circulação e incentivar o transporte público."
Segundo a professora do Instituto Astronômico e Geofísico da USP Maria de Fátima Andrade, 34, o mérito do rodízio foi ter retirado milhares de veículos de circulação.
O ex-secretário Nacional de Meio Ambiente, Benhur Luttenbarck Batalha, 50, diz que o rodízio não foi eficaz no combate à poluição. Para ele, não adianta diminuir a fonte de emissão de poluentes se as condições climáticas não colaboram para a dispersão dos gases.
Para o diretor-executivo do Greenpeace, Roberto Kishinami, 45, excluir os veículos a diesel (maiores responsáveis pela emissão de partícula inaláveis) do rodízio foi um grande erro.

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