São Paulo, sábado, 31 de agosto de 1996
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Bolsa lidera e a caderneta dá ganho real

DA REDAÇÃO

As Bolsas de Valores viveram fase de fortes oscilações em agosto, mas ainda assim fecharam o mês liderando o ranking das aplicações financeiras. O Índice Bovespa teve valorização de 2,22%, e o Isenn, no Rio, de 2,74%.
No segmento de renda fixa (juros), todos os investimentos ganharam da inflação. O único indicador já disponível, o IGP-M, despencou para 0,28%.
Mesmo considerando o IPC da Fipe, que deve fechar o mês ao redor de 0,5%, houve ganho real, inclusive nos fundos de curto prazo, sistematicamente na lanterna do ranking da renda fixa.
A caderneta de poupança continua rendendo menos do que a média dos fundos de 30 e de 60 dias, mas em agosto, sobre o IGP-M, deu ganho real de 0,85%, o que equivale a 10,69% ao ano. Em julho havia perdido, e no mês anterior, ganho por margem bem pequena.
Tendo por base o IPC da Fipe a poupança deve render 0,63%, mais do que o tradicional juro de 0,5% sobre a TR.
Entre as aplicações de renda fixa a liderança esteve novamente com o CDB (Certificado de Depósito Bancário) prefixado, mas é bom lembrar que o resultado líquido de 1,61% (bruto de 1,89%, antes do Imposto de Renda) foi obtido apenas por grandes investidores.
Para quantias abaixo de R$ 100 mil (ou R$ 50 mil em alguns bancos) os juros pagos nos CDBs são inferiores à rentabilidade dos fundos de 30 e de 60 dias, ou mesmo da poupança.
Agora em setembro as cadernetas certamente vão perder novamente da média dos FIFs de 30 e de 60 dias. Contudo, a diferença de rentabilidade entre a poupança e essas outras aplicações vai se estreitar mais um pouco, pois o redutor da TR passará de 1,20% para 1,15%.
A partir de outubro, e principalmente novembro, a poupança deve avançar e até bater os fundos que têm taxa de administração mais elevada.

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