São Paulo, sábado, 31 de agosto de 1996
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Presos cinco suspeitos de mortes no México

Grupo teria feito novo ataque

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Pelo menos cinco supostos membros do Exército Popular Revolucionário (EPR) foram presos ontem no México como suspeitos de terem participado de ataques às Forças Armadas e à polícia do país que deixaram 13 mortos.
José Luis García e Sergio Bautista Martínez foram presos no Estado do México, vizinho à capital do país, suspeitos de terem participado dos ataques na noite de quarta-feira e na madrugada da quinta.
Em Tixtla, no Estado de Guerrero (sul), onde uma instalação da polícia foi atacada, três pessoas foram presas como suspeitas. A TV mexicana indicou que havia "numerosos" detidos, mas o governo não confirmou a informação.
Um grupo de 40 a 50 homens fortemente armados atacou ontem um comando do Exército próximo a Tacambaro, no oeste do país, deixando um soldado morto. Não se sabia ontem se os executores do ataque eram da guerrilha.
Autoridades do México disseram ontem que o Exército Popular Revolucionário quer estabelecer a "ditadura do proletariado" por meio da violência.
O governo mexicano afirma que o EPR é um braço armado do grupo clandestino Partido Revolucionário Operário Camponês União do Povo, que operava nos anos 70.
Ontem, o jornal "Excelsior" publicou manifesto do EPR convocando a população a uma revolta.
"Nossas ações têm um sentido de autodefesa e o objetivo de restaurar a soberania popular e o respeito aos direitos humanos."
"É o momento da luta política de todo o povo para construir a força social que permitirá à nação se livrar do Estado opressor."
O suposto líder do grupo, o "comandante Ricardo", divulgou ontem um comunicado em que diz que não pretende atacar em Chiapas (sul) para não atrapalhar o processo de paz entre a guerrilha zapatista e o governo.
Por causa dos ataques, a Bolsa de Valores da Cidade do México teve a sua sexta pior queda do ano, e o peso mexicano caiu sete centavos (cerca de 1%) em relação ao dólar.

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