São Paulo, sábado, 31 de agosto de 1996
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Israel frustra ato palestino em mesquita

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um forte esquema policial israelense evitou ontem a concentração de palestinos convocada pelo líder deles, Iasser Arafat, na mesquita mais importante de Jerusalém.
A polícia e Arafat imaginavam que 100 mil pessoas iriam à Esplanada das Mesquitas, em frente à mesquita de Al Aqsa, como forma de protesto pela ocupação israelense na Cisjordânia e demolição de prédios árabes em Jerusalém.
Em vez disso, apenas entre 15 mil e 20 mil pessoas foram ao local, um número considerado abaixo do normal às sextas-feiras -dia santo do islamismo-, que é de 25 mil fiéis.
As autoridades israelenses montaram postos de controle nos acessos à Cidade Velha de Jerusalém. Entre os árabes, apenas os portadores de permissão especial podiam passar -daí o baixo comparecimento.
Helicópteros e 2.000 policiais participaram da ação dentro e nos arredores da Cidade Velha. O Exército esteve em estado de alerta na faixa de Gaza e na Cisjordânia, cuja maioria das cidades já está sob controle palestino.
Vários acessos a Jerusalém foram fechados aos carros para diminuir o risco de confronto entre árabes e palestinos.
Em Gaza, vários palestinos detidos pela polícia participaram do protesto rezando junto à Cruz de Morag, no extremo sul da região.
No seu sermão, o imã da mesquita de Al Aqsa, xeque Mohammed Hussein, acusou o governo de direita de Israel de desrespeitar os acordos com os palestinos. "Israel continua asfixiando os palestinos de Jerusalém e quer judaizar a cidade", cuja parte oriental é disputada por árabes e israelenses.
Foi o segundo dia seguido de protestos dos palestinos contra Israel. Na quinta-feira, eles fizeram uma greve geral considerada bem-sucedida.

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