São Paulo, domingo, 1 de setembro de 1996
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Rodízio inspira ofensas, piadas e 'causos'

ROGERIO SCHLEGEL
DA REPORTAGEM LOCAL

Agora que o rodízio de carros é passado, é hora de achar graça da questão que dividiu -e não só por final de placa- os moradores de São Paulo durante agosto inteiro.
"Feldmann, como Angélica, vai de táxi", escreveu Aton Fon Filho no fórum sobre a operação aberto pelo Universo On Line na Internet.
"Ou eu compro um caminhão ou vou tentar ser secretário", sapecou Milton Antônio Barbieri.
Como eles, outras cem pessoas deixaram, desde o mês de julho, impressões, comentários e xingamentos sobre o assunto na rede.
O caminhão e o secretário do Meio Ambiente, Fábio Feldmann, foram os alvos preferidos. Mas não escaparam os que apoiaram, os que foram contra e até políticos não relacionados diretamente ao rodízio, como o presidente Fernando Henrique Cardoso.
Rodízio de fraldas
Ninguém superou Ilson Luiz Pereira, que no dia 14 -uma quarta em que não rodou com seu final 6-, reclamou que o rodízio impedia sua usual compra de fraldas em liquidação. O comentário mereceu resposta (leia texto abaixo).
Burah Ben Sarrita contou a história de Alfredo, patriarca europeu que veio para o Brasil em 1904, fez fortuna e hoje tem bisnetos que só podem usar o carro 11 meses por ano. Título do caso: "Charrete, você ainda vai ter uma".
Resta saber se a graça vai resistir ao trânsito da próxima semana na capital, que promete voltar ao normal -o suficiente para tirar o bom humor de qualquer um.

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