São Paulo, domingo, 1 de setembro de 1996
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Mercado chega a 590 milhões

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

Hoje um mercado promissor para a indústria de cosméticos com sua população feminina de 590 milhões, a China foi, nos anos 60 e 70, inimiga feroz da maquiagem. Considerava a prática "burguesa e decadente".
As chinesas, nos tempos do comunismo ortodoxo, não usavam maquiagem -em geral, repetiam o corte de cabelo curto e se vestiam com técnicas no estilo Mao Tsetung, batizadas assim em homenagem ao dirigente comunista que governou o país entre 1949 e 1976.
O auge da ortodoxia comunista existiu durante a "Revolução Cultural". Orquestrado por Mao, o movimento isolou o país de "influências estrangeiras" e buscou apagar heranças da "China feudal". Cosméticos foram então "riscados do mapa".
No final dos anos 70 a China desistiu da ortodoxia maoísta e embarcou na chamada "política de portas abertas". Produtos de beleza voltaram rapidamente às prateleiras das lojas chinesas.
Na disputa pelo mercado de cosméticos na China, a companhia francesa L'Oreal contratou, em maio, a atriz chinesa Gong Li como garota-propaganda.
Gong Li é a mais famosa atriz do cinema chinês. Atuou em filmes como "Lanternas Vermelhas" e "Tempo de Viver".
Ao anunciar o contrato, a L'Oreal disse que Gong Li personifica a "beleza chinesa". Seus anúncios vão atravessar as fronteiras da China para chegar a mercados de países do Sudeste Asiático.
(JS)

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