São Paulo, domingo, 1 de setembro de 1996
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Nova Lei do Passe não é radical, diz autor do texto

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os clubes de futebol deveriam acatar bem a nova regulamentação do passe, que deve ser assinada pelo ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento, entre os dias 6 e 13 de setembro. Tentar enfrentá-la pode ser pior para eles.
A opinião é do relator do texto, o advogado Carlos Miguel Aidar, ex-presidente do São Paulo nos anos 80.
Segundo Aidar, se as regras do passe não mudarem por bem, processos na Justiça farão com que elas mudem "na marra".
As novas regras do passe, que devem entrar em vigor no dia 1º de janeiro, prevêem passe livre aos jogadores com mais de 25 anos. Em 1998, serão beneficiados os que tiverem mais de 24. E, a partir de 99, quem tiver pelo menos 24.
Pela proposta inicial de Pelé, o passe livre seria aos 24 anos a partir do ano que vem.
Aidar, que é membro do Conselho Deliberativo do Indesp (Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Desporto) e relator do texto final, afirmou que as mudanças melhoraram o texto.
"Colocamos todas as contribuições positivas", afirmou.
Aidar criticou o Clube dos 13, do qual foi o primeiro presidente. "Na linha do radicalismo, todo mundo perde."
Segundo ele, a decisão do caso Claudinho mostra uma tendência. "Num futuro não muito distante, não haverá mais passe no Brasil."

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