São Paulo, domingo, 1 de setembro de 1996
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Entenda o caso Claudinho

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O "caso Bosman" brasileiro começou como um processo contra a Ponte Preta por suposta fraude no contrato de trabalho.
O jogador chegou ao clube em 1993, vindo de Sarandi (PR). Fez um teste, passou e ficou. Desde então subiu para os juniores e passou a jogar nos profissionais.
Em abril deste ano, o jogador, que disse que acreditava ser amador, ouviu do presidente da Ponte, Nivaldo Baldo, que já tinha dois anos como profissional e que sua assinatura estava nos contratos.
Ao conseguir as cópias deles, verificou que no local para a assinatura de seu pai havia rubricas diferentes das usadas por ele.
Decidiu levar o caso para o Tribunal de Justiça Desportiva da FPF. Contratou dois advogados, mas perdeu a ação porque sete dos nove auditores -inclusive os dois representantes do sindicato dos jogadores- votaram contra ele.
A sentença reconhece a fraude na assinatura do pai do jogador, mas diz que a lei não exige mais essa autorização.
O voto dos representantes dos jogadores levou o presidente do sindicato, Rinaldi Martorelli, a decidir pela troca deles.
Derrotado no TJD, o advogado levou o caso para a Justiça do Trabalho. A liminar da juíza Célia Diaz estabelece que o jogador pode fazer contratos com duração de 3 a 6 meses. Se a liminar for cassada, ele tem que voltar para a Ponte. O clube que o contratar tem que fazer seguro de acidentes no valor de R$ 700 mil.
(MD)

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