São Paulo, domingo, 1 de setembro de 1996
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Renúncia pode afetar Clinton, diz pesquisa

24% dizem que podem mudar voto

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Uma pesquisa de opinião divulgada ontem indica que 24% dos eleitores americanos dizem ser "menos provável" que votem em Bill Clinton para um segundo mandato após a renúncia de seu estrategista político Dick Morris, envolvido em escândalo sexual.
Mas, entre os que se disseram eleitores de Clinton, apenas 6% afirmaram que o escândalo pode mudar seu voto.
O levantamento foi realizado pela revista "Newsweek" na quinta passada, dia em que Morris renunciou.
Um outro segmento da mesma pesquisa realizado entre quarta e quinta indicou que Clinton tem 54% das preferências, contra 33% do candidato republicano, Bob Dole. A eleição ocorre no dia 5 de novembro.
O jornal "The Washington Post" noticiou que cerca de US$ 230 mil pagos a Morris pelo Partido Democrata serão analisados para saber se ele gastou dinheiro da campanha em sua suposta relação de um ano com a prostituta.
Segundo jornais sensacionalistas, Morris se encontrava com Sherry Rowlands em um hotel de Washington. Ele teria mostrado a ela discursos de campanha de Clinton, do vice Al Gore, e da primeira-dama Hillary Clinton.
Família
Segundo a revista "Time" que circula a partir de hoje nos EUA, a mulher de Morris, Eileen McGann, não questionou o marido sobre a suposta amante.
"Achei que seria destrutivo perguntar detalhes e tentar descobrir se é verdade", disse ela em entrevista concedida anteontem. "Aceito as desculpas de Dick."
Também à "Time", Morris disse que não pretende participar da campanha, mesmo que informalmente. "Eu me expulsei do jogo. Não vou tentar dirigir a campanha do vestiário."
Em entrevista à rede de TV MTV, Clinton negou que tivesse planos de voltar a se aconselhar com Morris, mas que continuaria a falar com ele "como amigo".

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