São Paulo, domingo, 1 de setembro de 1996
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Mercado para cães e gatos está em alta

Investimento para "pet shop" é de R$ 18 mil

PRISCILA LAMBERT
DA REPORTAGEM LOCAL

Segundo Hugo Cagno Filho, vice-presidente da Associação dos Fabricantes de Rações, os donos de animais passaram a dar mais atenção à saúde de seus bichinhos.
"As pessoas estão gastando mais com 'pets', como os norte-americanos. Isso possibilita ampliar e diversificar o mercado no Brasil."
Números de consumo de rações do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal comprovam esse aquecimento.
Em 1995, as indústrias comercializaram cerca de 380 mil toneladas de rações para cães -65% a mais do que em 1994. Para este ano, a previsão é de 450 mil toneladas, cerca de R$ 270 milhões.
Como montar
Para entrar nesse mercado em ascensão, é preciso, acima de tudo, gostar de animais.
"Quem não gosta, não trata bem", diz Leonira Romera Marques, 47, dona da Country Pet Shop. "Temos de conhecer o assunto para auxiliar a clientela."
Oferecer produtos diversificados, serviços e bons preços ajuda o empresário a se fixar no setor.
O ponto deve ter, no mínimo, 46 m2 -30 m2 para a loja e 16 m2 para a parte de lavagem e tosa.
"Muitas lojas acabam fechando porque contratam maus profissionais. Tem de ter experiência ou aprender com alguém que já conheça", afirma Roney Migliari, 36, dono da Mister Cão Pet Complex.
Em uma loja pequena, é preciso ter um balcão de atendimento, prateleiras para a colocação dos produtos e um espaço para ração.
Para lavagem e tosa, são necessários um tanque, um secador e uma mesa de tosa -além de uma estufa, útil para os dias frios.
O estoque mínimo de rações deve ser de 50 quilos de cada tipo.
Uma loja desse porte fatura, em média, R$ 12 mil mensais. O retorno é de dois anos. Muitos abrem um consultório veterinário no mesmo local. Para isso, é necessário um veterinário formado.

LEIA MAIS sobre produtos para animais nas págs. 9-2 e 9-12

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